Curso FB I - Santíssima Trindade

Aprofundamento da experiência com Trindade Santa por meio da doutrina da Igraja e da oração

Grupo de Oração Shalom!

Venha viver uma experiência com o amor de Deus!

Caminho da Paz

Itinerário Espirital da Comunidade Shalom

30 maio 2012

Um convite especial

14 maio 2012

A Igreja Católica é Homofóbica?

Igreja homofóbica? Não é bem assim. A mídia, claro, conta a parte da história que lhe é favorável, distorce a notícia da maneira que lhe apraz. Gostaria, inclusive, de fazer uma analogia para mostrar o quanto é reducionista a notícia da maneira que foi publicada pelo jornalismo da Globo.
Há alguns dias notícia foi publicada na Internet falando dos projetos que andam tentando legalizar na Inglaterra de se ensinar obrigatoriamente educação homossexual. A medida é, sem sombra de dúvida, intolerante.
Veja: não estamos falando aqui duma tentativa sadia de pedir respeito aos homossexuais. Estamos falando de uma medida autoritária que visa impor – atesta esta outra notícia – valores homossexuais. Não é mais um combate à homofobia, é uma tentativa clara e objetiva de se ensinar o homossexualismo em nossas escolas, como se fosse perfeitamente natural e aceitável! Em suma, o combate aqui não é ao preconceito, como expôs o G1, mas à heteronormatividade, ou seja, à idéia de que as relações sexuais moralmente corretas são as que são praticadas entre homem e mulher. aos alunos de todas as escolas – inclusive as religiosas.
É autoritário? Sem dúvida. E são essas medidas que o Papa Bento XVI condena. Do jeito que o G1 publicou, ficou implícita a idéia de homofobia quando, na verdade, o Papa é contra a iniciativa de ensinar e propagar a homossexualidade deliberadamente, não contra os homossexuais.
A Igreja mesmo não é homofóbica. Qualquer um pode atestar essa informação lendo o Catecismo da Santa Sé, que diz:
“[Os homossexuais] devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição” (n. 2358).
Então, imprensa, deixe de repetir aquilo que não é verdade! Deixe de insistir numa mentira. O que o Papa condenou, ao se dirigir à Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, foi a medida de se impor o homossexualismo como relacionamento sexual correto e moralmente aceitável que, em si, não combate a homofobia, mas os valores cristãos de educação. As palavras do Papa aos bispos do Reino Unido são, nesse sentido, importantes: ” Vosso país é conhecido pelo firme compromisso com a igualdade de oportunidades para todos os membros da sociedade. No entanto, como vós observastes com razão, o efeito de algumas das legislações destinadas a alcançar este objetivo tem sido impor limitações injustas à liberdade de comunidades religiosas para agir de acordo com suas crenças.
Em alguns aspectos, isso realmente viola a lei natural, sobre a qual a igualdade de todos os seres humanos está alicerçada e pela qual é garantida. Exorto-vos, como Pastores, a garantir que o ensino moral da Igreja seja sempre apresentado em sua totalidade e defendido de modo convincente. A fidelidade ao Evangelho em nada restringe a liberdade dos outros – pelo contrário, ela serve à liberdade oferecendo-lhe a verdade. Continueis a insistir no vosso direito de participar no debate nacional, através de um diálogo respeitoso com os outros setores da sociedade.
Ao fazer isso, vós não estais apenas mantendo uma longa tradição britânica de liberdade de expressão e intercâmbio honesto de opiniões, mas dando voz às convicções de muitas pessoas que não dispõem dos meios necessários para se expressar: quando muitos da população se declaram cristãos, como alguém poderia contestar o direito de o Evangelho ser ouvido?”
(Papa Bento XVI, Discurso à Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, § 2; 1º de fevereiro de 2010)
O Papa se manifesta aos bispos deixando bem claro que não concorda de modo algum com as medidas laicistas totalitárias queo governo civil anda tentando implantar no país, e que também não pode concordar com a invasão que o Estado inglês tenta fazer na Igreja, quebrando a idéia de laicidade (Estado, corpo totalmente independente da Igreja; e vice-versa).
Se o povo é tão desinformado quanto à Igreja e quanto aos valores por ela promovidos, certamente parte dessa culpa é da mídia, que distorce aquilo que é verdadeiro para poder divulgar suas idéias mesquinhas.
Rezemos pelo Santo Papa e por sua autoridade de apóstolo da mensagem do Evangelho.
Fonte: Ecclesia Una

12 maio 2012

Obra Shalom C.G. e Areial no II Fest Voc Campina Grande

No dia 29 de Abril, 4º Domingo da Páscoa, aconteceu o II Fest Voc Campina Grande. Através do convite feito pelo Vigário Paroquial Pe. Ranieri Alves, a Obra Shalom de Campina Grande e Areial-PB, marcaram presença divulgando um pouco do nosso carisma através de vídeos, edições e com isso, aproveitando para falar da nossa Comunidade Católica Shalom a todos que se achegavam a nossa tenda.

O evento foi realizado no pátio da PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA, no bairro Palmeira, que estava completando 50 anos da construção de sua matriz e de muitos trabalhos realizados em prol da juventude, e ocorreu com a representatividade de todas as expressões vocacionais de nossa diocese, congregações masculinas e femininas, comunidades novas, movimentos eclesiais de juventude e família, pastorais e serviços ligados à juventude e à família.
Foi uma Benção!!!



08 maio 2012

Já sei namorar?

Vamos brincar de namorar? Sim? Então, comecemos: no salgadinho que você acabou de comprar há duas cartelinhas: uma para as meninas, de cor rosa, e uma para os meninos, de azul. Na sua, a cantada fatal: "Quero você"! Para efetivar a paquera, eu tenho de raspar uma das três opções: "Eu também!", "Agora" ou "Longe!". Minha vez! Na minha cantada está escrito muito singelamente: "Beijo". Você, em continuidade, raspa uma das três opções: "Na bochecha", "Na boca" ou "Nem pensar!". Dependendo de como as coisas vão rolar, pinta um "fica" e cada um vai para o seu canto depois, sem entrosamento nem conversa fiada! E, então, até à próxima compra...

A brincadeira acima pode ser encontrada em certo pacote de salgadinhos disponível em supermercados, ali, logo ao alcance da mão. São duas pequenas cartelas que ensinam o desenrolar da cantada apenas com uma raspadinha. Comprando, raspando, ficando! Simples assim! Cabe a você raspar no lugar certo (quem sabe uma boate, uma festinha de colegial, um cinema...), no momento certo e com a pessoa certa. E, pronto, aprendi a ficar no melhor método "passo a passo", sem nenhuma contra-indicação, sem nenhuma conseqüência desagradável, nada além de azaração. Como todo mundo já sabe namorar, as receitas já vêm prontas e acabadas, no ponto de experimentar, sem a perspectiva de um mínimo vínculo afetivo, sem a oportunidade da autodescoberta e da descoberta do outro em sua imensa riqueza e carisma, de sua integridade e personalidade. A “ficada” de hoje cada vez mais se aparta dos verdadeiros sentimentos e emoções e se aproxima da frieza das carícias, com o fim único de dar e receber prazer. Como se, necessidades sensoriais satisfeitas, não houvesse mais lugar para a sincera escolha do amor fértil, do profundo respeito pela outra pessoa.
Herdeiros de uma moda que valoriza o "experimentar" em detrimento do "descobrir", os pré-adolescentes já não separam a brincadeira do beijar e “ficar” escondido, da seriedade do relacionamento fecundo, e isso facilita a falta de carinho entre eles no difícil caminho rumo à sadia afetividade. A mídia, explorando a fabricação de pequenos "adultos" sobre estereótipos e idéias vagas de liberdade, faz deles vítimas perfeitas dessa crescente mania de valorizar a outra pessoa naquilo que ela pode me dar e não no inverso, provocando uma modificação profunda de comportamento que possivelmente irá desaguar em relacionamentos e matrimônios imperfeitos. Se hoje eu não valorizo a pessoa com quem fico, usando-a na medida do prazer que ela me possibilita, amanhã, certamente, não irei privilegiar o cônjuge que elegi (muitas vezes em requisitos errados), porque, no passar dos anos, a falta de sensualidade talvez o faça parecer decaído aos meus olhos. Porque ninguém mais procura se valorizar como ente dotado da graça da personalidade e da pessoalidade, torna-se difícil encontrar a medida certa nos relacionamentos, sem o respeito e sem a responsabilidade que eles acarretam.

O professor Felipe Aquino, em texto sobre namoro, ensina, a respeito dos relacionamentos de hoje: "É o instinto que comanda, não a razão. Como uma pessoa dessa pode amar, como pode dar-se, renunciar a si mesmo, se o que importa é a satisfação do seu corpo? Quando o corpo impera, a razão enfraquece, o espírito agoniza, e o amor perece". Da valorização do "eu" há o descuido do "tu" e, conseqüentemente, nenhum relacionamento válido se efetiva, pois não há a complementaridade nem a entrega necessárias. O entendimento cristão de amor ao próximo (Lc 10,27) casa bem com esta intenção de amor frutuoso a ser buscado dentro do namoro. Porque o outro existe e ama, quero eu amá-lo em toda a sua extensão e profundidade para dele absorver o amor que me preenche. Nessa doação, que satisfaz plenamente o outro e, em conseqüência, a si mesmo, esconde-se a fórmula do sadio amor a ser aprendido no seio do namoro. Isso deve ser assimilado por aqueles adolescentes que, imaturos, anseiam por descobrir o verdadeiro significado das suas relações, para que, no crescimento da caminhada rumo ao amor conjugal, saibam discernir, ainda no âmbito do namoro, a sabedoria e responsabilidade que ele pede.

Em vista disso, não cabe nessa fase de amadurecimento a busca do prazer pelo prazer, em situações de sexo, masturbação, ficadas e outros. Estes momentos, ao invés de cimentarem uma sexualidade e afetividade sadias, acabam por minar nossa dignidade de filhos de Deus e fecham nossa vida afetiva na centralização dos nossos desejos, situação de egoísmo que nos faz morrer no pecado e anular a graça do Pai em nós. Por conta disso, essas receitas fáceis de namoro, compradas a preço de pechincha para preencher o nosso vazio pessoal na busca do prazer instantâneo, trazem um preço alto demais a ser pago em riqueza pessoal e intimidade com o próximo e com Deus. Modelando-nos na via fácil do carinho descartável, corremos o risco de tornar igualmente descartáveis a nossa dignidade e a beleza que há no namoro.
Importante é que, nessa brincadeira que se torna séria pela nossa maturidade afetiva encontrada em Deus, raspemos o "Longe!" para a escolha fácil do amor egoísta e o prazer que insiste em nos desviar do respeito pelo outro e o "Nem pensar!" para as oportunidades de pecado que nos levam a desprezar o amor verdadeiro, dado pelo Pai, em nossos corações. Saber namorar (e não ficar) deve ser, para nós, não a evocação vaga da letra da música, mas verdade de vida colocada em nós pela graça de Cristo.


por Breno Gomes Furtado Alves


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por
Comunidade Católica Shalom

04 maio 2012

Palavra de Moysés Azevedo na Missa de Corpo Presente de Reinaudi


Não devemos duvidar nunca do alcance que tem a vida de um jovem ofertada.
[mantido o tom coloquial]
Caríssimo Dom Orani que nos consola com a sua presença e nos faz contemplar ainda mais forte o exemplo e a imagem do Bom Pastor...
Hoje como dom orani nos falou tão vivamente, tão fortemente, nada mais providencial do que estarmos aqui nesta celebração do Bom Pastor. O Evangelho diz: ‘Ninguém me tira a vida, sou eu quem a dou livremente. E nós podemos ver e testemunhar que livremente e amorosamente o Reinaudi pode corresponder ao amor de Deus na sua vida.
Reinaudi conheceu a Comunidade Shalom no Renascer de 1999. Ali começou a se engajar no grupo de oração e na obra. Em 2001, entrou na comunidade de aliança. Depois, em 2002, atraído pelo amor divino, pela misericórdia do Bom Pastor, como um jovem cheio de vida e ardor, resolveu dar os seus melhores perfumes: entrou na comunidade de vida em 2002, fez o seu postulantado em Fortaleza, depois fez o seu discipulado em Pacajus, em 2003. Em seguida, foi para a missão de Teresina, ali passou cerca de 4 anos. Depois foi para a missão de Propriá, em Sergipe, onde passou um ano, e depois, consultado pela Comunidade - porque esses envios para missões mais distantes, a Comunidade consulta os irmãos - se ele estava disposto a testemunhar a ressurreição de Cristo em Argel, na Argélia, ele livremente, alegremente, cheio de ardor e entusiasmo como era próprio do coração dele, disse sim e desde 2010 ele ali ficou.
“Ninguém me tira a vida, sou eu que a dou livremente.” Por isso mesmo que envolvidos na dor, nós somos envolvidos aomesmo tempo na dignidade de Cristo e no mistério da cruz e da ressurreição de cristo e numa certa e misteriosa alegria pascal, porque podemos pela experiência e o testemunho que vivemos, sentir o odor do perfume de Cristo, da santidade de Cristo na vida do Reinaudi.
Bruscamente retirado do meio de nós, mas dentro de uma sabedoria e um desígnio de Deus que nos ultrapassa completamente, dará frutos fecundos, frutos abundantes, frutos que vão além do que nós podemos imaginar e compreender, como dizia belamente a Emmir, nossa Cofundadora na carta que vocês devem ter lido na missa de sétimo dia.

A Páscoa de Reinaudi produzirá frutos talvez no país onde morou, frutos talvez como primeiro missionário da Comunidade de Vida que se oferta e assim faz sua páscoa no exterior, frutos na Jornada Mundial da Juventude desta Igreja de quem ele é filho – Rio de Janeiro – na qual como semente o seu corpo será plantado, nesta terra, frutos muito além do que nós podemos imaginar. Frutos na sua família humana, frutos na sua família espiritual, que somos nós, frutos na Igreja, frutos na humanidade.
Nós só podemos dizer muito obrigado, nosso Senhor, por nos dar essa pérola, por nos dar esse tesouro, que na sua simplicidade, nos seus sorrisos francos, na sua alegria, no seu ardor de jovem nos convida, nos questiona sobre o sentido profundo da vida e da felicidade – Sim a eternidade, o que não passa.
Reinaudi viveu com os olhos na eternidade, e por isso a eternidade se manifesta forte nesse momento em que ele passa dessa vida para o Pai. E cheios de gratidão nós dizemos: obrigado a nosso senhor Jesus Cristo. Obrigado à família: obrigado seu Francisco, obrigado dona Socorro, obrigado Theo, porque a oferta dele também é de vocês e isso não passa despercebido aos olhos de Deus. Obrigado a essa Igreja do Rio de Janeiro, obrigado Dom Orani, porque ele é filho dessa Igreja, e foi como discípulo de Cristo nesta Igreja que ele partiu em missão para o exterior. Obrigado à Comunidade Shalom do Rio de Janeiro, por dar esse precioso fruto à Comunidade, à Igreja, à humanidade.
    
Muito obrigado, digo isso em nome da Comunidade, mas digo isso em nome do Senhor. E que a Páscoa do Reinaudi hoje nos convide a sermos esse testemunho alegre e feliz da Ressurreição de Cristo, porque é esse testemunho que transforma o mundo, que transforma os nossos corações, que transformará ainda mais essa cidade e o mundo inteiro. Que a virgem Maria, nossa mãe, mãe do Reinaudi, mãe da Igreja, mãe da comunidade, permaneça junto conosco e nos sustente na fé e na fortaleza, dando e continuando a dar frutos de verdade e santidade no coração da Igreja e no coração do mundo.

Padre Rufus: Como um santo deve ser

Não havia uma pregação do Pe. Rufus em que ele não citasse esta passagem que lhe era tão cara. Segundo o padre, se todas as Bíblias se perdessem e só restasse este versículo, tudo estava salvo e a Boa Nova estava preservada. Conheci o Pe. Rufus no I Misericórdia Brasil, em 2009. A convite das irmãs do Instituto Hesed, organizadoras do evento e minhas amigas espirituais, fui chamada a prestar assistência nas traduções junto ao padre durante sua primeira visita a Fortaleza. Confesso que não tinha muito conhecimento sobre quem ele era e só depois percebi que se tratava de uma sumidade internacional em matéria de libertação, cura e exorcismo. Descobri isso não por causa das multidões que ele atraia, ou por causa do elevado posto que exercia na Associação Internacional de Exorcistas e na Associação Internacional do Ministério de Libertação, mas através do grande poder que vinha de sua pregação e do ódio que o demônio tinha dele.
Sendo ele também Doutor em Teologia Bíblica, o Pe. Rufus trazia em seus lábios e no cotidiano de sua vida a Palavra de Deus sempre viva e eficaz. Foi isso o que mais me inquietou e edificou em nosso primeiro contato. Ele tinha um ar tímido, sua pregação era simples, sem muita complexidade teológica, por vezes repetitiva e sem novidade aparente. Mas tinha poder! Não cansava. Parecia ser a primeira vez que se estava ouvindo o que ele tinha a dizer. Todos os que já o ouviram podem dar este testemunho. Foi o poder do Espírito Santo contido nas palavras do Pe. Rufus que geraram uma nova conversão em meu coração. Quando ele dizia “Deus amou tanto o mundo que enviou seu Filho único...” era como se ouvíssemos o próprio Jesus a falar. É verdade que os amigos, depois de tanto conviverem, começam a se parecer um com o outro. É inegável as semelhanças entre o Pe. Rufus e seu amigo Jesus. Era assim que ele mesmo dizia “eu só tenho um amigo: Jesus”.
Às vezes fico pensando como os santos dos dias de hoje se comportariam diante das situações mais absurdas que lemos todos os dias nos jornais e que vemos nas ruas. Diante do escândalo do aborto, das apelações sexuais na TV e meios de comunicação, da busca desenfreada pelo ocultismo e seitas, diante do sofrimento das pessoas... Vendo a vida do Pe. Rufus, hoje tenho uma boa imagem de como um santo deve ser: alegre, servidor, anunciador da verdade, denunciador da mentira, zeloso pelas coisas de Deus, piedoso, uma pessoa que pauta sua vida inteiramente no Evangelho, amigo de Jesus. Vejo que a via da santidade não é uma via inalcançável, mas é possível, está logo ali.
Recordo quando certa vez perguntei ao padre porque ele acabava sempre falando as mesmas coisas em suas pregações. Ao que ele me perguntou já com um sorriso no rosto “e sobre o que é que eu falo?”. Respondi “sobre o amor de Deus”. Ela abriu ainda mais o sorriso, levantou os ombros, abriu as mãos e disse “e tem outra coisa para falar além disso?”. Essa era a sua simplicidade. Seus exemplos, seus testemunhos, sua pregação sempre o remetia à Palavra de Deus. “Está tudo lá!”,dizia o padre se referindo às Escrituras e ao fato de que a resposta para todas as situações da nossa vida estão lá.
Conheci também a face do pastor zeloso, de Jesus quando expulsa os vendilhões do Templo. Descobri que os santos também não se alegram com a injustiça (I Cor 12,6), mas ao contrário, se irritam com o descaso com as ovelhas. Só havia um momento em que víamos o padre irritado: quando ele via o sofrimento das pessoas e as via “como ovelhas sem pastor”. Ele perguntava “onde estão os ministérios de libertação e cura? Onde está o pároco desta pessoa? Onde estão os padres desta cidade? Há quanto tempo esta pessoa está sofrendo assim e sem ninguém para ajudá-la?”.
Ele dizia que quando se tornou padre e, especialmente depois que o Senhor confiou a ele este ministério, comprometeu-se de servir 24 horas, 365 dias por ano sem parar. Ele atendia confissões 24 horas por dia. Recebia pessoas de outros países em sua paróquia a hora que fosse e dizia que havia colocado cadeiras para as pessoas se sentarem próximo à porta de seu quarto. Orientava seus irmãos no sacerdócio a se colocarem sempre disponíveis aos fiéis, pois dizia que as pessoas estão sofrendo e que só eles poderiam lhes dar o consolo da reconciliação. Essa é a face de um bom pastor. Após os inúmeros casos de exorcismo e libertação ministrados por ele, o grande sinal de que a pessoa estava liberta, segundo ele, era o sorriso e o abraço que davam no padre. De fato, a ovelha conhece a voz do pastor.
Eu poderia citar inúmeros outros casos e situações que tive a graça de presenciar ao lado do Pe Rufus. Resta apenas dizer que meu relacionamento com a Palavra de Deus, com os Sacramentos, com a Oração Pessoal e com o próprio Jesus não é mais o mesmo desde que o conheci. Agora treme o inferno pelo poder e a força de intercessão de mais um santo no Céu. Agora sim, recorramos mais ainda à ele, agora face a face com Jesus, e peçamos por milagres de libertação. Se algum dia nos depararmos com uma situação de aparente vitória do poder do mal e das insídias do demônio e se após muitas orações não obtivermos êxito, façamos o que o padre certa vez disse “diga ao demônio que é melhor ele ir embora, porque vocês são amigos do padre Rufus”.
Obrigada Jesus, por nos ter apresentado teu amigo Rufus!

Emanuela Cardoso
Membro da Comunidade Católica Shalom

01 maio 2012

" São cerca de 200 milhões os cristãos que são perseguidos anualmente...


" São cerca de 200 milhões os cristãos que são perseguidos anualmente e de cinco em cinco minutos morre um cristão por causa da fé. A situação é dramática no mundo e nós assistimos a um agravar-se das situações": foi o que sublinhou nesta terça-feira Catarina Martins, Diretora da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, em Portugal, falando à Rádio Renascença. Um dos casos mais graves de perseguição atinge neste momento a minoria cristã na Síria. Num país em revolução, a pressão dos militantes islâmicos já levou mais de 50 mil cristãos a fugirem para o Líbano. "A primavera Àrabe está provocando muitas alterações políticas nestes países e os cristãos tem têm sido vítimas, uma vez que o regime ditatorial passa para um regime de ditadura religiosa", diz a diretora da fundação. "Na Síria é preocupante. Era um país onde se podia fazer a passagem para o Ocidente. Neste momento não é um local onde os cristãos possam estar seguros." Catarina Martins sublinha ainda a generosidade dos portugueses que aderem habitualmente às campanhas lançadas. Para apoiar os refugiados sírios, a Ajuda à Igreja que Sofre enviou nos últimos dias alimentos e tendas no valor de 80 mil euros. A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, que depende da Santa Sé, apoia comunidades cristãs em dificuldade. A prioridade é a formação de sacerdotes e a reconstrução de igrejas, como aconteceu recentemente no México e Cuba onde o Papa esteva. Às vezes, como é o caso agora na Síria, é preciso ajudar com bens de primeira necessidade.
Por Rádio Vaticano