Curso FB I - Santíssima Trindade

Aprofundamento da experiência com Trindade Santa por meio da doutrina da Igraja e da oração

Grupo de Oração Shalom!

Venha viver uma experiência com o amor de Deus!

Caminho da Paz

Itinerário Espirital da Comunidade Shalom

21 outubro 2012

Jingle do Lual das Tribos 2012 sem cortes


29 setembro 2012

Campina Grande recebe o novo Bispo

Foi com muita alegria que Campina Grande recebeu o novo Bispo desta Diocese. A Obra Shalom também estava lá para receber o novo pastor. Rezemos por Dom Manoel Delson para que continue conduzindo seu povo com sabedoria
Biografia

Dom Manoel Delson nasceu em Biritinga/BA, em 10 de julho de 1954, foi ordenado presbítero em Feira de Santana/BA, em 05 de julho de 1980, e nomeado bispo de Caicó no dia 05 de julho de 2006. Sua ordenação episcopal ocorreu em 24 de setembro de 2006, em Feira de Santana/BA. Dom Delson assumiu a Diocese de Caicó em 08 de outubro de 2006. O lema episcopal escolhido por ele foi: “Ide aos meus irmãos” (Jo 20,17).

Ele é formado em Filosofia e iniciou Teologia no Seminário São Francisco de Assis em Nova Veneza/SP, concluindo os estudos teológicos no Instituto de Teologia da Universidade Católica de Salvador/BA. É mestre em Ciência da Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Salesiana de Roma. Também é licenciado em Letras pela Universidade Católica de Salvador.
 
Obra Shalom no meio do povo.
Ficou clara a nossa felicidade de estar ali, se apresentando como aqueles que se colocam a disposição da Ingreja.


 
 

16 agosto 2012

A felicidade dos namorados está na grandeza da alma

- Nem sempre será fácil para você começar e terminar um namoro.
Já vai muito longe o tempo em que os pais arranjavam os casamentos para os seus filhos. Se você quer encontrar alguém terá que procurá-lo. Normalmente, é no próprio ciclo de amizades e ambiente de convívio que os namoros começam. Sabemos que o ambiente molda, de certa forma, a pessoa; logo, você deverá procurar alguém naquele ambiente que há os valores que você preza. Se você é cristão, então, procure entre famílias cristãs, ambientes cristãos, grupos de jovens, entre outros, a pessoa que você procura.
O namoro começa com uma amizade, que pode ser um pré-namoro que vai evoluindo. Não mergulhe de cabeça num namoro, só porque você ficou "fisgado" pelo outro. Não vá com muita sede ao pote, porque você pode quebrá-lo. Sinta primeiro, por intermédio de uma pura amizade, quem é a pessoa que está à sua frente. Talvez já nesse primeiro relacionamento amigo você saberá que não é com essa pessoa que você deverá namorar. É o primeiro filtro, cuja grande vantagem é não ter ainda qualquer compromisso com o outro, a não ser de amigos.
Nem sempre será fácil para você começar e terminar um namoro. Especialmente hoje, com a maior abertura do país, logo as famílias são também envolvidas, e isso faz o namoro se tornar mais compromissado. Se você não explorar bem o aspecto saudável da amizade, pode ser que o seu namoro venha a terminar rapidamente porque você logo se decepcionou com o outro. Isso poderia ter sido evitado se, antes, vocês tivessem sido bons amigos. Não são poucas as vezes em que o término de um namoro envolve também os pais dos casais, e isso nem sempre é fácil de ser harmonizado.
O namoro é o encontro de duas pessoas, naquilo que elas são e não naquilo que elas possuem. Se você quiser conquistar um rapaz só por causa da sua beleza ou do seu dinheiro, pode ser que amanhã você não se satisfaça mais só com isso. Às vezes uma pessoa simpática, bem humorada, feliz supera muitos que oferecem mais beleza e perfeição física qu ela.
Infelizmente, a nossa sociedade troca a "cultura da alma" pela "cultura do corpo". A prova disso é que nunca as cidades estiveram tão repletas de academias de ginástica, salões de beleza, cosméticos, cirurgias plásticas, etc., como hoje. Investe-se ao máximo naquilo que é a dimensão mais inferior do ser humano - embora importante - o corpo. É claro que todas as moças querem namorar um rapaz bonito, e também o mesmo vale para os jovens, mas nunca se esqueça de que o mais importante é "invisível aos olhos".
O que é visível desaparece um dia, inexoravelmente ficará velho com o passar do tempo. Aquilo que você não vê: o caráter da pessoa, a sua simpatia que se mostra sempre atrás de um sorriso fácil e gratuito, o seu bom coração, a sua tolerância com os erros dos outros, as suas boas atitudes, etc., isso tudo não passará, isso o tempo não poderá destruir. É o que vale.
Se você comprar uma pedra preciosa só por causa do seu brilho, talvez você compre uma "jóia" falsa. É preciso que você conheça a sua constituição e o seu peso. O povo diz muito bem que "nem tudo que reluz é ouro". Se você se frustra no plano físico, poderá ainda se realizar nos planos superiores da vida: o sensível, o racional e o espiritual. Mas, se você se frustrar nos níveis superiores, não haverá compensação no nível físico, porque ele é o inferior, o mais baixo.
A sua felicidade não está na cor da pele, no tipo do seu cabelo e na altura do seu corpo, mas na grandeza da sua alma. Você já reparou quantos belos e belas artistas terminam de maneira trágica a vida? Nem a fama mundial, nem o dinheiro em abundância, nem os "amores" mil, foram suficientes para fazê-los felizes. Faltou cultivar o que é essencial; aquilo que é invisível aos olhos. Tenho visto muitas garotas frustradas porque não têm aquele corpinho de manequim, ou aquele cabelo das moças que fazem as propagandas dos "Shampoos" ; mas isto não é o mais importante, porque acaba.
A vida é curta - mesmo que você jovem não perceba - e, por isso, não podemos gasta-la com aquilo que acaba com o tempo. Os homens de todos os tempos sempre quiseram construir obras que vencessem os séculos. Ainda hoje você pode ver as pirâmides de 4000 anos do Egito, o Coliseu romano de 2000 anos, e tantas obras fantásticas. Mas a obra mais linda e mais duradoura é aquela que se constrói na alma, porque esta é imortal. Portanto, ao escolher o namorado, não se prenda nas aparências físicas, mas desça até as profundezas da sua alma. Busque lá os seus valores.
Prof. Felipe Aquino

13 agosto 2012

Novo Bispo de Campina Grande

   A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebe, com alegria, a nomeação de dom Manoel Delson Pedreira da Cruz como o novo bispo diocesano de Campina Grande (PB). O Papa Bento XVI envia à Igreja no Brasil, mais uma vez, com particular bondade e carinho, um pastor. Ele deixa a diocese de Caicó (RN) e vai suceder dom Jaime Vieira Rocha, a quem ele sucedera também na atual diocese.
Dom Delson, como é conhecido, é baiano, capuchinho, licenciado em Letras e mestre em Comunicação social. Além desta formação acadêmica, do itinerário percorrido no ministério como sacerdote quando exerceu diversos serviços em sua ordem religiosa tanto como ministro provincial como no trabalho junto ao governo geral como Definidor Geral, ele tem sido um pastor exemplar nas comunidades para as quais foi enviado como bispo.
Seu lema episcopal, “Ide aos meus irmãos” (Jo 20,17), espelha disponibilidade e inspiração para todos nós, seus irmãos no episcopado, o clero e todo o povo de Deus. Fazemos, nesse espírito, os melhores votos de que esse tempo que se inaugura seja pleno de frutos para a expansão do Reino de Deus entre nós.
Unimo-nos às comunidades da diocese de Caicó que envia, com generosidade, dom Delson a outra porção da Igreja. E estamos juntos com à diocese de Campina Grande que aguardou, com esperança, a chegada do novo bispo e que, agora, celebra, com satisfação, a nomeação do seu pastor. Damos um abraço agradecido ao Pe. Márcio Henrique que tem prestado seu serviço como administrador diocesano e cumprimentamos dom Delson manifestando nossa fraterna acolhida.
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

12 agosto 2012

Pais, pais e Pai

pais
pais
   Nunca se ouve dizer tantas coisas belas sobre a paternidade quanto nos primeiros dias do mês de Agosto. Isso não é fatalidade, deve-se ao fato de, no segundo domingo, a data está alocada à celebração do dia dos pais. Embora não seja a mesma em todos os países, o comércio, sobretudo, busca firmar e propagar o dia no intento de incrementar as vendas.
Fato é que no decorrer das outras semanas do ano, a figura paterna perde, cada vez mais, seu vislumbre, empalidece e quase chega a fenecer. Na biogenética, por exemplo, estudos e experiências a cerca da geração de uma nova vida, a largos passos e em grande escala prescinde do pai para fecundar uma nova vida, esse não passa de um reprodutor, cujo sêmen é catalogado, congelado e usufruído.
De outro lado, um feminismo exacerbado levanta a bandeira da total independência da mulher ao homem. A complementaridade existente entre ambos é desconsiderada ou negada. Iniciaram uma guerra entre os sexos quando, na verdade, se deveria promover a reconciliação entre ambos.
Ainda é fruto de um feminismo indiscriminado a apresentação da figura masculina e paterna de uma forma abobalhada e inconsistente. Homer de The Simpsons é só uma, entre outras caricaturas empobrecidas da mentalidade vigente sobre a figura paterna. O personagem não passa de um bobão, epulão e mandrião. Uma péssima referência para o filho, da família estadunidense, Bart, que segue a mesma linha. No entanto, a personagem feminina, a filha mais nova do casal, Maggie, é mais inteligente, esperta e interessante do que o próprio pai.
Na vida real alguns dados alarmantes e preocupantes eivam a imagem do que venha a ser um verdadeiro pai. Pessoas como Fritzl, pai australiano que manteve a filha em cárcere por vinte e quatro anos, ou tantos outros envolvidos no abominável crime da pedofilia mitigam a essência e o real valor do pai, na unidade familiar.
Contudo é preciso destacar os homens que assumem com seriedade sua missão de pai. Estes compreendem que não são meros provedores das necessidades materiais da família, isto é, apenas, uma de suas responsabilidades. Sua presença evoca proteção e segurança aos filhos. Junto à esposa, qual timoneiro deve conduzir a barca de sua família, que singra no mar revolto das dificuldades do dia a dia, a um porto seguro.
Comemorar o dia dos pais vai além de dar presentes. Deveria, antes de tudo, ser um dia de alegria, gratidão e reconciliação para com aquele que foi indispensável na geração de uma vida. Estes, perto ou distantes são carentes da presença filial, mesmo que não transpareçam. Os gestos de afeto podem sim, nesta data, serem capazes de descongelar um rio de mágoa congelado e tantos outros possíveis traumas.
Deste modo não estaremos, apenas, contribuindo com o crescimento econômico, por ocasião do dia festivo, mas estaremos forjando um mundo novo que nasce conseqüentemente de relacionamentos novos, pautados no entendimento, diálogo e acolhimento mútuos. Nesta perspectiva podemos desejar felizes e sem receio um verdadeiro e feliz, dia dos pais!


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por Vanderlúcio Souza, Bacharel em Filosofia, Missionário da Comunidade Católica Shalom ,

11 agosto 2012

O melhor de si

- Quando falamos ou ouvimos falar sobre as virtudes, muitas vezes pensamos que se trata de esforços e lutas para sermos melhores. É verdade que sem esforço não é possível exercitá-las; de fato, o próprio Catecismo nos ensina que a pessoa virtuosa tende ao bem, com todas as suas forças sensíveis e espirituais .

Este tema (as virtudes) foi objeto de profundas meditações nas filosofias antigas. Por exemplo, Aristóteles, no livro II da Ética a Nicômaco, elaborou a sua doutrina sobre o mesmo, considerando as virtudes como uma disposição adquirida com o próprio esforço, para fazer o bem, segundo os ditames da razão. Mas é com São Tomás de Aquino que encontramos o ponto de partida e a mais clara orientação deste tema dentro da teologia moral, adquirindo, assim, a clareza que se perdeu nas diversas tradições filosóficas.

Em vários documentos da Igreja vemos a importância das virtudes para uma vida moral reta: em primeiro lugar está a caridade, que “dirige todos os meios de santificação, os informa e leva a seu fim” , assim como as outras virtudes teologais . Também a humildade, a obediência, a fortaleza e a castidade , além das virtudes sociais, tais como: lealdade, justiça, sinceridade, fortaleza . Na Veritatis Splendor, o Beato João Paulo II nos ensina que para poder discernir a vontade de Deus, aquilo que é bom, é necessário o conhecimento da Lei de Deus em geral, mas aquele não é suficiente: é indispensável uma espécie de “conaturalidade” entre o homem e o verdadeiro bem. Esta conaturalidade fundamenta-se e desenvolve-se nos comportamentos virtuosos do mesmo homem: a prudência e as outras virtudes cardeais, e, antes ainda as virtudes teologais da fé, esperança e caridade. Neste sentido, disse Jesus: “Quem pratica a verdade aproxima-se da luz” (Jo 3,21) .

Na sua etimologia, virtude deriva do grego ἀρετή /aretê, que também expressa o conceito de excelência, no sentido de esforço da realização da própria essência. Podemos, então, compreender que o homem virtuoso é o homem santo, visto que seu fim último é Deus e seu chamado é à santidade. Quando este homem procura, escolhe e pratica o bem, e para isso empenha todas as suas forças sensíveis e espirituais, ele realiza a própria essência e encontra a felicidade.

A vivência das virtudes é, também, a pedra de toque da autenticidade da nossa intimidade com Deus. Elas são como um espelho da nossa espiritualidade. Podemos afirmar que aquilo que experimentamos no “segredo” da oração, torna-se visível através dos nossos atos. Quanto mais autêntica e profunda for a nossa oração, mais virtuosos (santos) e felizes seremos, porque a santidade e a oração têm ambas o mesmo fim.
Quando toca no tema das virtudes, o Catecismo as define como “disposição habitual e firme para fazer o bem” , isso quer dizer que a virtude é criativa e em qualquer situação realizará o bem. É aqui que compreendemos a necessidade da disposição, porque para realizar o bem em qualquer situação, é necessário ter domínio de si, amor pela verdade e, sobretudo, confiança e docilidade ao Espírito Santo, porque é dele que provém toda virtude e é Ele quem nos impulsiona a desejar e fazer o bem.

Dar o melhor de si
Outro aspecto muito importante é que a virtude “permite à pessoa não só praticar atos bons, mas dar o melhor de si” . E quando é que você dá o melhor de si? São João nos dá uma pista: “Amemo-nos uns aos outros, pois o amor vem de Deus; e todo aquele que ama nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus” ; também São Paulo, no hino à caridade afirma: “Mesmo que eu fale em línguas, a dos homens e a dos anjos, se me falta o amor, sou um metal que ressoa, um címbalo retumbante (...). Mesmo que distribua todos os bens aos famintos e entregue meu corpo às chamas, se me falta o amor, nada lucro com isso (...). O amor é paciente, o amor é serviçal, não é ciumento, não se incha de orgulho, nada faz de inconveniente, não procura o próprio interesse (...). Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” . Portanto, dar o melhor de si é amar! E amar é buscar em tudo fazer a vontade de Deus.

Ensinando o caminho da virtude, portanto, da santidade e da felicidade, aos filipenses, São Paulo escreveu: “Ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, tudo o que há de louvável, honroso, virtuoso ou de qualquer modo mereça louvor” .
Quanto à classificação das virtudes, seu desenvolvimento, como crescer na conaturalidade com o bem e quais são os vícios que lhes são contrários, tudo isso veremos nos próximos números desta Revista.
Shalom!



Josefa Alves
Comunidade Católica Shalom
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27 julho 2012

Você já mentiu hoje? Seja honesto!

- Que mal faz uma mentira? “Foi por uma boa causa”; “Eu não tinha outra escolha”; “Foi para proteger a pessoa”; “Teria sido muito pior se tivesse contado a verdade”.
Quantas desculpas são apresentadas para sustentar as pequenas mentiras do dia a dia! Diante de tantas desculpas, talvez até nos convençamos de que, afinal, mentir não é algo tão grave assim. Não existem aqueles que “mentem que nem sentem”? Esse é o resultado de nos acostumarmos de tal forma com as mentiras, com esse pecado de estimação. Mas, se acreditamos que “...Jesus é o caminho, a VERDADE e a vida”, o que nos impede de agir conforme aquilo que dizemos acreditar?

Você já mentiu hoje? Seja honesto. Já passou alguma informação distorcida, exagerada ou enganosa pela internet ou no meio em que convive? Já assinou o ponto fora de hora? Quantas desculpas você já deu de atrasos, pequenas infrações? E quando a mentira tem a finalidade de evitar que alguém se decepcione ou fique magoado contigo?
Mas como a mentira entra em nossas vidas? Como aprendemos a mentir?
Algumas questões são úteis para você deixar definitivamente a mentira de lado. Na sua família existe o hábito de justificar as coisas com pequenas mentiras? Quando alguém telefona para sua mãe e ela não quer atender, como você respondia a quem ligou? O que te orientavam falar? Pois é, são essas pequenas mentiras, aprendidas muitas vezes até mesmo em família, na orientação dos pais para os filhos, ou em seu modelo que formam a base do hábito de mentir. Um hábito que os próprios pais estabelecem, mesmo não querendo.

Talvez seja possível perceber, com um pouco de honestidade ao avaliar as situações em que mentimos, que muitas vezes isso acontece por não sabermos como fazer o certo. Mas será que essa é uma desculpa para não nos empenharmos em melhorar? E se nos propusermos a melhorar, o caminho é um só: aprender a falar sempre a verdade, por mais difícil que seja. Ouvi, certa vez, uma senhora dizer que “A verdade, quando dita com ternura, nunca prejudica a ninguém”.
A mentira serve para encobrir os fracassos. Fracasso que experimentamos quando erramos, quando optamos pelo “mal”, quando justificamos nossas incoerências, quando não conseguimos fazer o bem que gostaríamos (Cf. Rm 7, 19), quando não conseguimos expressar de forma clara, objetiva e direta o que sentimos, o que pensamos, o que esperamos, o que gostaríamos. Quantas vezes fugimos de situações constrangedoras dizendo estar ocupados, cansados ou doentes? Quantas vezes foi necessário recorrer às mentiras para esconder nossa dificuldade em dizer “não”?

Ser sincero parece ser mais difícil, nos expõe mais. Se você conhece a alegria de uma relação transparente com certeza iria optar por assumir suas fraquezas e dificuldades. Mentiras “brancas” ou “pretas”, “leves” ou “pesadas”. Não importa. Se você quer buscar a vida, é preciso buscar a verdade. Essa é a busca que nos abre as portas para descobrirmos o que há de melhor em nós, e que muitas vezes desconhecemos: os dons que nos foram agraciados para, com eles, lidarmos com todas as dificuldades (ternura, paciência, brandura, etc.). Não podemos mais ser coniventes com a mentira.
O principal problema para o mentiroso é a recusa em reconhecer-se um mentiroso. Assim, talvez seja o momento de rever as perguntas iniciais. Identificar as mentiras na sua vida, identificar as mentiras que você vive. As mentiras que você conta para si mesmo. Pensar nas causas, mas principalmente, assumir a sua responsabilidade por uma conversão, por uma mudança.
Observe-se. Identifique as mentiras. Analise o motivo, a dificuldade em se comprometer com a verdade naquela situação. Proponha-se então a enfrentar essa dificuldade.
A alegria consiste em viver reconciliado com sua realidade, sem fugas, sem esquivas, sem desculpas, portanto, sem mentiras. Ser livre consiste em assumir as consequências dos nossos atos.

Por pior que seja a realidade, as verdadeiras ervas daninhas são aquelas que você cultiva no seu coração, quando foge de viver o que sua realidade te oferece.
E só para finalizar: aquela história de “no dia que ele mudar, eu mudo” muitas vezes é um tipo de mentira também. Portanto, não olhe para o outro, mas para aquilo que hoje, em você precisa encontrar a verdade.
Cláudia May Philippi, Psicóloga Clínica

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por
Web Fórum Shalom

17 julho 2012

Uma Juventude viva em Areial.

    No dia 14 de Julho, Sábado, iniciou-se o Grupo de Oração Shalom para jovens, em Areial. Foi uma noite muito especial para juventude daquele lugar. Há muito se esperava por esta grande noite. Toda essa graça não teria acontecido se nosso Deus não tivesse permitido e também pela coragem, desempenho e de uma entrega total de alguns jovens que acreditaram, sofreram e permaneceram até o final. Quando uma grande Graça está por vir, o demônio tenta se levantar sob todas as formas para atrapalhar. Mas, esses jovens, como se colocando em ordem de batalha, não tremeram diante do “inimigo”. Colocaram o Senhor dos Exércitos à frente e com um brado de arrepiar qualquer um, foram vitoriosos. Assim foram presenteados com um grande número de jovens sedentos da Graça do Cristo ressuscitado. Quero também deixar de uma maneira bem destacada à força do Pe. Josandro, da Paróquia de São José. Agradecemos a Deus pela abertura desse homem em que o mesmo faz questão de expressar sua preocupação com a juventude de Areial.  Rezemos por este novo grupo de oração do Shalom que se inicia em Areial, para que seja uma referencia do Cristo Ressuscitado no meio de nós. Shalom!!! Meu sim é para sempre.

Por: Ivan Nascimento

30 maio 2012

Um convite especial

14 maio 2012

A Igreja Católica é Homofóbica?

Igreja homofóbica? Não é bem assim. A mídia, claro, conta a parte da história que lhe é favorável, distorce a notícia da maneira que lhe apraz. Gostaria, inclusive, de fazer uma analogia para mostrar o quanto é reducionista a notícia da maneira que foi publicada pelo jornalismo da Globo.
Há alguns dias notícia foi publicada na Internet falando dos projetos que andam tentando legalizar na Inglaterra de se ensinar obrigatoriamente educação homossexual. A medida é, sem sombra de dúvida, intolerante.
Veja: não estamos falando aqui duma tentativa sadia de pedir respeito aos homossexuais. Estamos falando de uma medida autoritária que visa impor – atesta esta outra notícia – valores homossexuais. Não é mais um combate à homofobia, é uma tentativa clara e objetiva de se ensinar o homossexualismo em nossas escolas, como se fosse perfeitamente natural e aceitável! Em suma, o combate aqui não é ao preconceito, como expôs o G1, mas à heteronormatividade, ou seja, à idéia de que as relações sexuais moralmente corretas são as que são praticadas entre homem e mulher. aos alunos de todas as escolas – inclusive as religiosas.
É autoritário? Sem dúvida. E são essas medidas que o Papa Bento XVI condena. Do jeito que o G1 publicou, ficou implícita a idéia de homofobia quando, na verdade, o Papa é contra a iniciativa de ensinar e propagar a homossexualidade deliberadamente, não contra os homossexuais.
A Igreja mesmo não é homofóbica. Qualquer um pode atestar essa informação lendo o Catecismo da Santa Sé, que diz:
“[Os homossexuais] devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição” (n. 2358).
Então, imprensa, deixe de repetir aquilo que não é verdade! Deixe de insistir numa mentira. O que o Papa condenou, ao se dirigir à Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, foi a medida de se impor o homossexualismo como relacionamento sexual correto e moralmente aceitável que, em si, não combate a homofobia, mas os valores cristãos de educação. As palavras do Papa aos bispos do Reino Unido são, nesse sentido, importantes: ” Vosso país é conhecido pelo firme compromisso com a igualdade de oportunidades para todos os membros da sociedade. No entanto, como vós observastes com razão, o efeito de algumas das legislações destinadas a alcançar este objetivo tem sido impor limitações injustas à liberdade de comunidades religiosas para agir de acordo com suas crenças.
Em alguns aspectos, isso realmente viola a lei natural, sobre a qual a igualdade de todos os seres humanos está alicerçada e pela qual é garantida. Exorto-vos, como Pastores, a garantir que o ensino moral da Igreja seja sempre apresentado em sua totalidade e defendido de modo convincente. A fidelidade ao Evangelho em nada restringe a liberdade dos outros – pelo contrário, ela serve à liberdade oferecendo-lhe a verdade. Continueis a insistir no vosso direito de participar no debate nacional, através de um diálogo respeitoso com os outros setores da sociedade.
Ao fazer isso, vós não estais apenas mantendo uma longa tradição britânica de liberdade de expressão e intercâmbio honesto de opiniões, mas dando voz às convicções de muitas pessoas que não dispõem dos meios necessários para se expressar: quando muitos da população se declaram cristãos, como alguém poderia contestar o direito de o Evangelho ser ouvido?”
(Papa Bento XVI, Discurso à Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, § 2; 1º de fevereiro de 2010)
O Papa se manifesta aos bispos deixando bem claro que não concorda de modo algum com as medidas laicistas totalitárias queo governo civil anda tentando implantar no país, e que também não pode concordar com a invasão que o Estado inglês tenta fazer na Igreja, quebrando a idéia de laicidade (Estado, corpo totalmente independente da Igreja; e vice-versa).
Se o povo é tão desinformado quanto à Igreja e quanto aos valores por ela promovidos, certamente parte dessa culpa é da mídia, que distorce aquilo que é verdadeiro para poder divulgar suas idéias mesquinhas.
Rezemos pelo Santo Papa e por sua autoridade de apóstolo da mensagem do Evangelho.
Fonte: Ecclesia Una

12 maio 2012

Obra Shalom C.G. e Areial no II Fest Voc Campina Grande

No dia 29 de Abril, 4º Domingo da Páscoa, aconteceu o II Fest Voc Campina Grande. Através do convite feito pelo Vigário Paroquial Pe. Ranieri Alves, a Obra Shalom de Campina Grande e Areial-PB, marcaram presença divulgando um pouco do nosso carisma através de vídeos, edições e com isso, aproveitando para falar da nossa Comunidade Católica Shalom a todos que se achegavam a nossa tenda.

O evento foi realizado no pátio da PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA, no bairro Palmeira, que estava completando 50 anos da construção de sua matriz e de muitos trabalhos realizados em prol da juventude, e ocorreu com a representatividade de todas as expressões vocacionais de nossa diocese, congregações masculinas e femininas, comunidades novas, movimentos eclesiais de juventude e família, pastorais e serviços ligados à juventude e à família.
Foi uma Benção!!!



08 maio 2012

Já sei namorar?

Vamos brincar de namorar? Sim? Então, comecemos: no salgadinho que você acabou de comprar há duas cartelinhas: uma para as meninas, de cor rosa, e uma para os meninos, de azul. Na sua, a cantada fatal: "Quero você"! Para efetivar a paquera, eu tenho de raspar uma das três opções: "Eu também!", "Agora" ou "Longe!". Minha vez! Na minha cantada está escrito muito singelamente: "Beijo". Você, em continuidade, raspa uma das três opções: "Na bochecha", "Na boca" ou "Nem pensar!". Dependendo de como as coisas vão rolar, pinta um "fica" e cada um vai para o seu canto depois, sem entrosamento nem conversa fiada! E, então, até à próxima compra...

A brincadeira acima pode ser encontrada em certo pacote de salgadinhos disponível em supermercados, ali, logo ao alcance da mão. São duas pequenas cartelas que ensinam o desenrolar da cantada apenas com uma raspadinha. Comprando, raspando, ficando! Simples assim! Cabe a você raspar no lugar certo (quem sabe uma boate, uma festinha de colegial, um cinema...), no momento certo e com a pessoa certa. E, pronto, aprendi a ficar no melhor método "passo a passo", sem nenhuma contra-indicação, sem nenhuma conseqüência desagradável, nada além de azaração. Como todo mundo já sabe namorar, as receitas já vêm prontas e acabadas, no ponto de experimentar, sem a perspectiva de um mínimo vínculo afetivo, sem a oportunidade da autodescoberta e da descoberta do outro em sua imensa riqueza e carisma, de sua integridade e personalidade. A “ficada” de hoje cada vez mais se aparta dos verdadeiros sentimentos e emoções e se aproxima da frieza das carícias, com o fim único de dar e receber prazer. Como se, necessidades sensoriais satisfeitas, não houvesse mais lugar para a sincera escolha do amor fértil, do profundo respeito pela outra pessoa.
Herdeiros de uma moda que valoriza o "experimentar" em detrimento do "descobrir", os pré-adolescentes já não separam a brincadeira do beijar e “ficar” escondido, da seriedade do relacionamento fecundo, e isso facilita a falta de carinho entre eles no difícil caminho rumo à sadia afetividade. A mídia, explorando a fabricação de pequenos "adultos" sobre estereótipos e idéias vagas de liberdade, faz deles vítimas perfeitas dessa crescente mania de valorizar a outra pessoa naquilo que ela pode me dar e não no inverso, provocando uma modificação profunda de comportamento que possivelmente irá desaguar em relacionamentos e matrimônios imperfeitos. Se hoje eu não valorizo a pessoa com quem fico, usando-a na medida do prazer que ela me possibilita, amanhã, certamente, não irei privilegiar o cônjuge que elegi (muitas vezes em requisitos errados), porque, no passar dos anos, a falta de sensualidade talvez o faça parecer decaído aos meus olhos. Porque ninguém mais procura se valorizar como ente dotado da graça da personalidade e da pessoalidade, torna-se difícil encontrar a medida certa nos relacionamentos, sem o respeito e sem a responsabilidade que eles acarretam.

O professor Felipe Aquino, em texto sobre namoro, ensina, a respeito dos relacionamentos de hoje: "É o instinto que comanda, não a razão. Como uma pessoa dessa pode amar, como pode dar-se, renunciar a si mesmo, se o que importa é a satisfação do seu corpo? Quando o corpo impera, a razão enfraquece, o espírito agoniza, e o amor perece". Da valorização do "eu" há o descuido do "tu" e, conseqüentemente, nenhum relacionamento válido se efetiva, pois não há a complementaridade nem a entrega necessárias. O entendimento cristão de amor ao próximo (Lc 10,27) casa bem com esta intenção de amor frutuoso a ser buscado dentro do namoro. Porque o outro existe e ama, quero eu amá-lo em toda a sua extensão e profundidade para dele absorver o amor que me preenche. Nessa doação, que satisfaz plenamente o outro e, em conseqüência, a si mesmo, esconde-se a fórmula do sadio amor a ser aprendido no seio do namoro. Isso deve ser assimilado por aqueles adolescentes que, imaturos, anseiam por descobrir o verdadeiro significado das suas relações, para que, no crescimento da caminhada rumo ao amor conjugal, saibam discernir, ainda no âmbito do namoro, a sabedoria e responsabilidade que ele pede.

Em vista disso, não cabe nessa fase de amadurecimento a busca do prazer pelo prazer, em situações de sexo, masturbação, ficadas e outros. Estes momentos, ao invés de cimentarem uma sexualidade e afetividade sadias, acabam por minar nossa dignidade de filhos de Deus e fecham nossa vida afetiva na centralização dos nossos desejos, situação de egoísmo que nos faz morrer no pecado e anular a graça do Pai em nós. Por conta disso, essas receitas fáceis de namoro, compradas a preço de pechincha para preencher o nosso vazio pessoal na busca do prazer instantâneo, trazem um preço alto demais a ser pago em riqueza pessoal e intimidade com o próximo e com Deus. Modelando-nos na via fácil do carinho descartável, corremos o risco de tornar igualmente descartáveis a nossa dignidade e a beleza que há no namoro.
Importante é que, nessa brincadeira que se torna séria pela nossa maturidade afetiva encontrada em Deus, raspemos o "Longe!" para a escolha fácil do amor egoísta e o prazer que insiste em nos desviar do respeito pelo outro e o "Nem pensar!" para as oportunidades de pecado que nos levam a desprezar o amor verdadeiro, dado pelo Pai, em nossos corações. Saber namorar (e não ficar) deve ser, para nós, não a evocação vaga da letra da música, mas verdade de vida colocada em nós pela graça de Cristo.


por Breno Gomes Furtado Alves


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por
Comunidade Católica Shalom

04 maio 2012

Palavra de Moysés Azevedo na Missa de Corpo Presente de Reinaudi


Não devemos duvidar nunca do alcance que tem a vida de um jovem ofertada.
[mantido o tom coloquial]
Caríssimo Dom Orani que nos consola com a sua presença e nos faz contemplar ainda mais forte o exemplo e a imagem do Bom Pastor...
Hoje como dom orani nos falou tão vivamente, tão fortemente, nada mais providencial do que estarmos aqui nesta celebração do Bom Pastor. O Evangelho diz: ‘Ninguém me tira a vida, sou eu quem a dou livremente. E nós podemos ver e testemunhar que livremente e amorosamente o Reinaudi pode corresponder ao amor de Deus na sua vida.
Reinaudi conheceu a Comunidade Shalom no Renascer de 1999. Ali começou a se engajar no grupo de oração e na obra. Em 2001, entrou na comunidade de aliança. Depois, em 2002, atraído pelo amor divino, pela misericórdia do Bom Pastor, como um jovem cheio de vida e ardor, resolveu dar os seus melhores perfumes: entrou na comunidade de vida em 2002, fez o seu postulantado em Fortaleza, depois fez o seu discipulado em Pacajus, em 2003. Em seguida, foi para a missão de Teresina, ali passou cerca de 4 anos. Depois foi para a missão de Propriá, em Sergipe, onde passou um ano, e depois, consultado pela Comunidade - porque esses envios para missões mais distantes, a Comunidade consulta os irmãos - se ele estava disposto a testemunhar a ressurreição de Cristo em Argel, na Argélia, ele livremente, alegremente, cheio de ardor e entusiasmo como era próprio do coração dele, disse sim e desde 2010 ele ali ficou.
“Ninguém me tira a vida, sou eu que a dou livremente.” Por isso mesmo que envolvidos na dor, nós somos envolvidos aomesmo tempo na dignidade de Cristo e no mistério da cruz e da ressurreição de cristo e numa certa e misteriosa alegria pascal, porque podemos pela experiência e o testemunho que vivemos, sentir o odor do perfume de Cristo, da santidade de Cristo na vida do Reinaudi.
Bruscamente retirado do meio de nós, mas dentro de uma sabedoria e um desígnio de Deus que nos ultrapassa completamente, dará frutos fecundos, frutos abundantes, frutos que vão além do que nós podemos imaginar e compreender, como dizia belamente a Emmir, nossa Cofundadora na carta que vocês devem ter lido na missa de sétimo dia.

A Páscoa de Reinaudi produzirá frutos talvez no país onde morou, frutos talvez como primeiro missionário da Comunidade de Vida que se oferta e assim faz sua páscoa no exterior, frutos na Jornada Mundial da Juventude desta Igreja de quem ele é filho – Rio de Janeiro – na qual como semente o seu corpo será plantado, nesta terra, frutos muito além do que nós podemos imaginar. Frutos na sua família humana, frutos na sua família espiritual, que somos nós, frutos na Igreja, frutos na humanidade.
Nós só podemos dizer muito obrigado, nosso Senhor, por nos dar essa pérola, por nos dar esse tesouro, que na sua simplicidade, nos seus sorrisos francos, na sua alegria, no seu ardor de jovem nos convida, nos questiona sobre o sentido profundo da vida e da felicidade – Sim a eternidade, o que não passa.
Reinaudi viveu com os olhos na eternidade, e por isso a eternidade se manifesta forte nesse momento em que ele passa dessa vida para o Pai. E cheios de gratidão nós dizemos: obrigado a nosso senhor Jesus Cristo. Obrigado à família: obrigado seu Francisco, obrigado dona Socorro, obrigado Theo, porque a oferta dele também é de vocês e isso não passa despercebido aos olhos de Deus. Obrigado a essa Igreja do Rio de Janeiro, obrigado Dom Orani, porque ele é filho dessa Igreja, e foi como discípulo de Cristo nesta Igreja que ele partiu em missão para o exterior. Obrigado à Comunidade Shalom do Rio de Janeiro, por dar esse precioso fruto à Comunidade, à Igreja, à humanidade.
    
Muito obrigado, digo isso em nome da Comunidade, mas digo isso em nome do Senhor. E que a Páscoa do Reinaudi hoje nos convide a sermos esse testemunho alegre e feliz da Ressurreição de Cristo, porque é esse testemunho que transforma o mundo, que transforma os nossos corações, que transformará ainda mais essa cidade e o mundo inteiro. Que a virgem Maria, nossa mãe, mãe do Reinaudi, mãe da Igreja, mãe da comunidade, permaneça junto conosco e nos sustente na fé e na fortaleza, dando e continuando a dar frutos de verdade e santidade no coração da Igreja e no coração do mundo.

Padre Rufus: Como um santo deve ser

Não havia uma pregação do Pe. Rufus em que ele não citasse esta passagem que lhe era tão cara. Segundo o padre, se todas as Bíblias se perdessem e só restasse este versículo, tudo estava salvo e a Boa Nova estava preservada. Conheci o Pe. Rufus no I Misericórdia Brasil, em 2009. A convite das irmãs do Instituto Hesed, organizadoras do evento e minhas amigas espirituais, fui chamada a prestar assistência nas traduções junto ao padre durante sua primeira visita a Fortaleza. Confesso que não tinha muito conhecimento sobre quem ele era e só depois percebi que se tratava de uma sumidade internacional em matéria de libertação, cura e exorcismo. Descobri isso não por causa das multidões que ele atraia, ou por causa do elevado posto que exercia na Associação Internacional de Exorcistas e na Associação Internacional do Ministério de Libertação, mas através do grande poder que vinha de sua pregação e do ódio que o demônio tinha dele.
Sendo ele também Doutor em Teologia Bíblica, o Pe. Rufus trazia em seus lábios e no cotidiano de sua vida a Palavra de Deus sempre viva e eficaz. Foi isso o que mais me inquietou e edificou em nosso primeiro contato. Ele tinha um ar tímido, sua pregação era simples, sem muita complexidade teológica, por vezes repetitiva e sem novidade aparente. Mas tinha poder! Não cansava. Parecia ser a primeira vez que se estava ouvindo o que ele tinha a dizer. Todos os que já o ouviram podem dar este testemunho. Foi o poder do Espírito Santo contido nas palavras do Pe. Rufus que geraram uma nova conversão em meu coração. Quando ele dizia “Deus amou tanto o mundo que enviou seu Filho único...” era como se ouvíssemos o próprio Jesus a falar. É verdade que os amigos, depois de tanto conviverem, começam a se parecer um com o outro. É inegável as semelhanças entre o Pe. Rufus e seu amigo Jesus. Era assim que ele mesmo dizia “eu só tenho um amigo: Jesus”.
Às vezes fico pensando como os santos dos dias de hoje se comportariam diante das situações mais absurdas que lemos todos os dias nos jornais e que vemos nas ruas. Diante do escândalo do aborto, das apelações sexuais na TV e meios de comunicação, da busca desenfreada pelo ocultismo e seitas, diante do sofrimento das pessoas... Vendo a vida do Pe. Rufus, hoje tenho uma boa imagem de como um santo deve ser: alegre, servidor, anunciador da verdade, denunciador da mentira, zeloso pelas coisas de Deus, piedoso, uma pessoa que pauta sua vida inteiramente no Evangelho, amigo de Jesus. Vejo que a via da santidade não é uma via inalcançável, mas é possível, está logo ali.
Recordo quando certa vez perguntei ao padre porque ele acabava sempre falando as mesmas coisas em suas pregações. Ao que ele me perguntou já com um sorriso no rosto “e sobre o que é que eu falo?”. Respondi “sobre o amor de Deus”. Ela abriu ainda mais o sorriso, levantou os ombros, abriu as mãos e disse “e tem outra coisa para falar além disso?”. Essa era a sua simplicidade. Seus exemplos, seus testemunhos, sua pregação sempre o remetia à Palavra de Deus. “Está tudo lá!”,dizia o padre se referindo às Escrituras e ao fato de que a resposta para todas as situações da nossa vida estão lá.
Conheci também a face do pastor zeloso, de Jesus quando expulsa os vendilhões do Templo. Descobri que os santos também não se alegram com a injustiça (I Cor 12,6), mas ao contrário, se irritam com o descaso com as ovelhas. Só havia um momento em que víamos o padre irritado: quando ele via o sofrimento das pessoas e as via “como ovelhas sem pastor”. Ele perguntava “onde estão os ministérios de libertação e cura? Onde está o pároco desta pessoa? Onde estão os padres desta cidade? Há quanto tempo esta pessoa está sofrendo assim e sem ninguém para ajudá-la?”.
Ele dizia que quando se tornou padre e, especialmente depois que o Senhor confiou a ele este ministério, comprometeu-se de servir 24 horas, 365 dias por ano sem parar. Ele atendia confissões 24 horas por dia. Recebia pessoas de outros países em sua paróquia a hora que fosse e dizia que havia colocado cadeiras para as pessoas se sentarem próximo à porta de seu quarto. Orientava seus irmãos no sacerdócio a se colocarem sempre disponíveis aos fiéis, pois dizia que as pessoas estão sofrendo e que só eles poderiam lhes dar o consolo da reconciliação. Essa é a face de um bom pastor. Após os inúmeros casos de exorcismo e libertação ministrados por ele, o grande sinal de que a pessoa estava liberta, segundo ele, era o sorriso e o abraço que davam no padre. De fato, a ovelha conhece a voz do pastor.
Eu poderia citar inúmeros outros casos e situações que tive a graça de presenciar ao lado do Pe Rufus. Resta apenas dizer que meu relacionamento com a Palavra de Deus, com os Sacramentos, com a Oração Pessoal e com o próprio Jesus não é mais o mesmo desde que o conheci. Agora treme o inferno pelo poder e a força de intercessão de mais um santo no Céu. Agora sim, recorramos mais ainda à ele, agora face a face com Jesus, e peçamos por milagres de libertação. Se algum dia nos depararmos com uma situação de aparente vitória do poder do mal e das insídias do demônio e se após muitas orações não obtivermos êxito, façamos o que o padre certa vez disse “diga ao demônio que é melhor ele ir embora, porque vocês são amigos do padre Rufus”.
Obrigada Jesus, por nos ter apresentado teu amigo Rufus!

Emanuela Cardoso
Membro da Comunidade Católica Shalom

01 maio 2012

" São cerca de 200 milhões os cristãos que são perseguidos anualmente...


" São cerca de 200 milhões os cristãos que são perseguidos anualmente e de cinco em cinco minutos morre um cristão por causa da fé. A situação é dramática no mundo e nós assistimos a um agravar-se das situações": foi o que sublinhou nesta terça-feira Catarina Martins, Diretora da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, em Portugal, falando à Rádio Renascença. Um dos casos mais graves de perseguição atinge neste momento a minoria cristã na Síria. Num país em revolução, a pressão dos militantes islâmicos já levou mais de 50 mil cristãos a fugirem para o Líbano. "A primavera Àrabe está provocando muitas alterações políticas nestes países e os cristãos tem têm sido vítimas, uma vez que o regime ditatorial passa para um regime de ditadura religiosa", diz a diretora da fundação. "Na Síria é preocupante. Era um país onde se podia fazer a passagem para o Ocidente. Neste momento não é um local onde os cristãos possam estar seguros." Catarina Martins sublinha ainda a generosidade dos portugueses que aderem habitualmente às campanhas lançadas. Para apoiar os refugiados sírios, a Ajuda à Igreja que Sofre enviou nos últimos dias alimentos e tendas no valor de 80 mil euros. A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, que depende da Santa Sé, apoia comunidades cristãs em dificuldade. A prioridade é a formação de sacerdotes e a reconstrução de igrejas, como aconteceu recentemente no México e Cuba onde o Papa esteva. Às vezes, como é o caso agora na Síria, é preciso ajudar com bens de primeira necessidade.
Por Rádio Vaticano

24 abril 2012

O mundo de dentro do jovem

Atualmente, os jovens de uma forma geral conhecem a Internet; sabem as músicas da parada de sucesso; as gírias do momento; as roupas que estão na moda; os artistas que estão em alta; e alguns poucos, ainda sabem acerca de cultura, política; dentre outros assuntos que permeiam as notícias mais em voga. Isso reflete a era da tecnologia, da modernidade, da rapidez, da competitividade; aspectos tão presentes no nosso cotidiano e que nos ordenam cada vez mais conhecimento atualizado e nos implicam em uma rotina de inúmeras exigências para sermos pessoas “ideais”; mas ideais segundo quem?

Infelizmente muitos jovens não sabem nem porque se submetem a certos imperativos do mercado; sejam no nível de atitudes ou de aquisição de bens de consumo; e o pior, não sabem nem distinguir suas verdadeiras preferências pessoais e se pedirmos para falarem de si ou dizerem quem são, não sabem responder ou dão respostas vazias. Os jovens se encontram tão imbuídos na realidade imposta; quer seja pela mídia, moda, sociedade capitalista; que lhes escapam o limiar entre o que originariamente são, acreditam e gostam; do que lhes é apresentado como bom, agradável, correto, e etc.

Ou seja, conhecem o mundo de fora, mas sabem muito pouco de si, não conhecem o mundo de dentro. É comum entre os jovens a dificuldade de expressão dos seus sentimentos, de dizerem o que se passa dentro deles. O dia ‘corre’ muito rápido, são muitos afazeres: escola, faculdade, família, reuniões, academia, televisão, computador; tudo isso faz com que não se tenha oportunidade para parar e encontrar as verdades existentes dentro de si; e a vida superficial é o caminho trilhado constantemente, o qual traduz uma resposta de uma vivência inautêntica. O reflexo disso são as pesquisas que demonstram a grande eclosão de casos de depressão, anorexia, bulimia, fobia, dentre outras patologias que acometem numerosa parcela da população mundial, inclusive entre os jovens.

As pessoas não “gastam” mais tempo com os outros, porque consideram ‘perca de tempo’. As relações interpessoais são hoje, na sua maioria, vazias e artificiais. Perde-se muito ao não conviver com as pessoas, e assim, poder revelar o grande mistério que é a vida do outro e a sua própria vida, que se expressa e se diz nos relacionamentos onde há caridade e doação de si, algumas dentre as características de uma amizade verdadeira. Considerando, que me conheço mais e contemplo a Deus no outro.

O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar. (Catecismo da Igreja Católica, 27).

Encontrar o mundo de dentro é encontrar o tesouro inesgotável da presença de Deus, daquele que pode saciar nossa sede de amor, e nos restituir a verdade de quem nós somos. O que nos torna pessoas autênticas e livres para testemunhar, em um mundo marcado pelo pecado, com a ousadia própria dos ungidos pelo Espírito Santo.

O fato de ser de Deus não castra nossa juventude, nem nos exime de desfrutarmos da beleza contida na obras da criação divina, pelo contrário, nos lança nos relacionamentos saudáveis, em uma vivência legítima. Ser um jovem de Deus é poder viver com intensidade, sendo livre verdadeiramente, podendo optar pelo bem e não se deixar escravizar pelo pecado, pelas paixões desordenadas e nem pelo simples prazer momentâneo, tão característico do pecado. Um jovem cristão vive livremente olhando para a eternidade, para o que não passa, espelhando-se no mistério do Relacionamento Trinitário.

Só Deus não muda, e é esse amor que nos motiva a dizermos não as ocasiões de pecado; é esse amor que nos faz levantar sempre; que nos leva a testemunhar concretamente a benevolência divina; que não nos faz desistir quando nos deparamos com nossas próprias fraquezas, que tantas vezes paralisam a nossa evangelização, a evangelização maior que manifesta-se através da nossa fidelidade a Deus.

Quando tivermos a coragem de encontrar Aquele que habita em nós e a humildade de sempre buscá-lO na oração, muitos O encontrarão na nossa maneira de ser. Já diz o salmo bíblico: Alegre-se o coração dos que buscam o Senhor. (Sl 5, 3).

Se o homem pode esquecer ou rejeitar a Deus, este de sua parte, não cessa de chamar todo homem a procurá-lo, para que viva e encontre a felicidade. Mas esta busca exige do homem todo o esforço de sua inteligência, a retidão de sua vontade, um coração reto e também o testemunho dos outros, que o ensinam a procurar a Deus.

- Daniele Costa e Lisieux Rocha

21 abril 2012

Adoração ao Santíssimo Sacramento - Obra Shalom de Campina Grande

- Em sua carta apostólica “Mane Nobiscum Domine”, o nosso querido Papa João Paulo II nos apresenta o dom da Eucaristia como um grande mistério. Mistério a ser celebrado de maneira digna; que deve ser adorado e contemplado. Queremos assim nos animar mutuamente a estarmos unidos à Santíssima Eucaristia também em seu culto fora da missa.

São tantos os jovens, os homens e mulheres que perdem literalmente a sua vida por prostrarem-se diante de mitos e ídolos criados por uma consciência racionalista. Em vez disso, devemos imitar o grande número de santos e santas que, na simplicidade, aprenderam a contemplar  e adorar Jesus Eucarístico. “Estão diante dos nossos olhos os exemplos dos santos, que na Eucaristia encontraram o alimento para o seu caminho de perfeição. Quantas vezes eles verteram lágrimas de comoção na experiência de tão grande mistério e viveram indizíveis horas de alegria ‘esponsal’ diante do Sacramento do altar”. (MND, n.31, p. 36).
Deus, que nos deu o seu amor para que o amemos – como diz santa Teresinha do Menino Jesus – nos conceda a graça de estarmos todos os dias em sua presença, em escuta e adoração.
José Bonifácio Fonseca Matos

Referência bibliográfica:
Carta apostólica Mane Nobiscum Domine do Sumo Pontífice João Paulo II ao episcopado, ao clero e aos fiíes para o Ano da Eucaristia.