Curso FB I - Santíssima Trindade

Aprofundamento da experiência com Trindade Santa por meio da doutrina da Igraja e da oração

Grupo de Oração Shalom!

Venha viver uma experiência com o amor de Deus!

Caminho da Paz

Itinerário Espirital da Comunidade Shalom

16 agosto 2012

A felicidade dos namorados está na grandeza da alma

- Nem sempre será fácil para você começar e terminar um namoro.
Já vai muito longe o tempo em que os pais arranjavam os casamentos para os seus filhos. Se você quer encontrar alguém terá que procurá-lo. Normalmente, é no próprio ciclo de amizades e ambiente de convívio que os namoros começam. Sabemos que o ambiente molda, de certa forma, a pessoa; logo, você deverá procurar alguém naquele ambiente que há os valores que você preza. Se você é cristão, então, procure entre famílias cristãs, ambientes cristãos, grupos de jovens, entre outros, a pessoa que você procura.
O namoro começa com uma amizade, que pode ser um pré-namoro que vai evoluindo. Não mergulhe de cabeça num namoro, só porque você ficou "fisgado" pelo outro. Não vá com muita sede ao pote, porque você pode quebrá-lo. Sinta primeiro, por intermédio de uma pura amizade, quem é a pessoa que está à sua frente. Talvez já nesse primeiro relacionamento amigo você saberá que não é com essa pessoa que você deverá namorar. É o primeiro filtro, cuja grande vantagem é não ter ainda qualquer compromisso com o outro, a não ser de amigos.
Nem sempre será fácil para você começar e terminar um namoro. Especialmente hoje, com a maior abertura do país, logo as famílias são também envolvidas, e isso faz o namoro se tornar mais compromissado. Se você não explorar bem o aspecto saudável da amizade, pode ser que o seu namoro venha a terminar rapidamente porque você logo se decepcionou com o outro. Isso poderia ter sido evitado se, antes, vocês tivessem sido bons amigos. Não são poucas as vezes em que o término de um namoro envolve também os pais dos casais, e isso nem sempre é fácil de ser harmonizado.
O namoro é o encontro de duas pessoas, naquilo que elas são e não naquilo que elas possuem. Se você quiser conquistar um rapaz só por causa da sua beleza ou do seu dinheiro, pode ser que amanhã você não se satisfaça mais só com isso. Às vezes uma pessoa simpática, bem humorada, feliz supera muitos que oferecem mais beleza e perfeição física qu ela.
Infelizmente, a nossa sociedade troca a "cultura da alma" pela "cultura do corpo". A prova disso é que nunca as cidades estiveram tão repletas de academias de ginástica, salões de beleza, cosméticos, cirurgias plásticas, etc., como hoje. Investe-se ao máximo naquilo que é a dimensão mais inferior do ser humano - embora importante - o corpo. É claro que todas as moças querem namorar um rapaz bonito, e também o mesmo vale para os jovens, mas nunca se esqueça de que o mais importante é "invisível aos olhos".
O que é visível desaparece um dia, inexoravelmente ficará velho com o passar do tempo. Aquilo que você não vê: o caráter da pessoa, a sua simpatia que se mostra sempre atrás de um sorriso fácil e gratuito, o seu bom coração, a sua tolerância com os erros dos outros, as suas boas atitudes, etc., isso tudo não passará, isso o tempo não poderá destruir. É o que vale.
Se você comprar uma pedra preciosa só por causa do seu brilho, talvez você compre uma "jóia" falsa. É preciso que você conheça a sua constituição e o seu peso. O povo diz muito bem que "nem tudo que reluz é ouro". Se você se frustra no plano físico, poderá ainda se realizar nos planos superiores da vida: o sensível, o racional e o espiritual. Mas, se você se frustrar nos níveis superiores, não haverá compensação no nível físico, porque ele é o inferior, o mais baixo.
A sua felicidade não está na cor da pele, no tipo do seu cabelo e na altura do seu corpo, mas na grandeza da sua alma. Você já reparou quantos belos e belas artistas terminam de maneira trágica a vida? Nem a fama mundial, nem o dinheiro em abundância, nem os "amores" mil, foram suficientes para fazê-los felizes. Faltou cultivar o que é essencial; aquilo que é invisível aos olhos. Tenho visto muitas garotas frustradas porque não têm aquele corpinho de manequim, ou aquele cabelo das moças que fazem as propagandas dos "Shampoos" ; mas isto não é o mais importante, porque acaba.
A vida é curta - mesmo que você jovem não perceba - e, por isso, não podemos gasta-la com aquilo que acaba com o tempo. Os homens de todos os tempos sempre quiseram construir obras que vencessem os séculos. Ainda hoje você pode ver as pirâmides de 4000 anos do Egito, o Coliseu romano de 2000 anos, e tantas obras fantásticas. Mas a obra mais linda e mais duradoura é aquela que se constrói na alma, porque esta é imortal. Portanto, ao escolher o namorado, não se prenda nas aparências físicas, mas desça até as profundezas da sua alma. Busque lá os seus valores.
Prof. Felipe Aquino

13 agosto 2012

Novo Bispo de Campina Grande

   A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebe, com alegria, a nomeação de dom Manoel Delson Pedreira da Cruz como o novo bispo diocesano de Campina Grande (PB). O Papa Bento XVI envia à Igreja no Brasil, mais uma vez, com particular bondade e carinho, um pastor. Ele deixa a diocese de Caicó (RN) e vai suceder dom Jaime Vieira Rocha, a quem ele sucedera também na atual diocese.
Dom Delson, como é conhecido, é baiano, capuchinho, licenciado em Letras e mestre em Comunicação social. Além desta formação acadêmica, do itinerário percorrido no ministério como sacerdote quando exerceu diversos serviços em sua ordem religiosa tanto como ministro provincial como no trabalho junto ao governo geral como Definidor Geral, ele tem sido um pastor exemplar nas comunidades para as quais foi enviado como bispo.
Seu lema episcopal, “Ide aos meus irmãos” (Jo 20,17), espelha disponibilidade e inspiração para todos nós, seus irmãos no episcopado, o clero e todo o povo de Deus. Fazemos, nesse espírito, os melhores votos de que esse tempo que se inaugura seja pleno de frutos para a expansão do Reino de Deus entre nós.
Unimo-nos às comunidades da diocese de Caicó que envia, com generosidade, dom Delson a outra porção da Igreja. E estamos juntos com à diocese de Campina Grande que aguardou, com esperança, a chegada do novo bispo e que, agora, celebra, com satisfação, a nomeação do seu pastor. Damos um abraço agradecido ao Pe. Márcio Henrique que tem prestado seu serviço como administrador diocesano e cumprimentamos dom Delson manifestando nossa fraterna acolhida.
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

12 agosto 2012

Pais, pais e Pai

pais
pais
   Nunca se ouve dizer tantas coisas belas sobre a paternidade quanto nos primeiros dias do mês de Agosto. Isso não é fatalidade, deve-se ao fato de, no segundo domingo, a data está alocada à celebração do dia dos pais. Embora não seja a mesma em todos os países, o comércio, sobretudo, busca firmar e propagar o dia no intento de incrementar as vendas.
Fato é que no decorrer das outras semanas do ano, a figura paterna perde, cada vez mais, seu vislumbre, empalidece e quase chega a fenecer. Na biogenética, por exemplo, estudos e experiências a cerca da geração de uma nova vida, a largos passos e em grande escala prescinde do pai para fecundar uma nova vida, esse não passa de um reprodutor, cujo sêmen é catalogado, congelado e usufruído.
De outro lado, um feminismo exacerbado levanta a bandeira da total independência da mulher ao homem. A complementaridade existente entre ambos é desconsiderada ou negada. Iniciaram uma guerra entre os sexos quando, na verdade, se deveria promover a reconciliação entre ambos.
Ainda é fruto de um feminismo indiscriminado a apresentação da figura masculina e paterna de uma forma abobalhada e inconsistente. Homer de The Simpsons é só uma, entre outras caricaturas empobrecidas da mentalidade vigente sobre a figura paterna. O personagem não passa de um bobão, epulão e mandrião. Uma péssima referência para o filho, da família estadunidense, Bart, que segue a mesma linha. No entanto, a personagem feminina, a filha mais nova do casal, Maggie, é mais inteligente, esperta e interessante do que o próprio pai.
Na vida real alguns dados alarmantes e preocupantes eivam a imagem do que venha a ser um verdadeiro pai. Pessoas como Fritzl, pai australiano que manteve a filha em cárcere por vinte e quatro anos, ou tantos outros envolvidos no abominável crime da pedofilia mitigam a essência e o real valor do pai, na unidade familiar.
Contudo é preciso destacar os homens que assumem com seriedade sua missão de pai. Estes compreendem que não são meros provedores das necessidades materiais da família, isto é, apenas, uma de suas responsabilidades. Sua presença evoca proteção e segurança aos filhos. Junto à esposa, qual timoneiro deve conduzir a barca de sua família, que singra no mar revolto das dificuldades do dia a dia, a um porto seguro.
Comemorar o dia dos pais vai além de dar presentes. Deveria, antes de tudo, ser um dia de alegria, gratidão e reconciliação para com aquele que foi indispensável na geração de uma vida. Estes, perto ou distantes são carentes da presença filial, mesmo que não transpareçam. Os gestos de afeto podem sim, nesta data, serem capazes de descongelar um rio de mágoa congelado e tantos outros possíveis traumas.
Deste modo não estaremos, apenas, contribuindo com o crescimento econômico, por ocasião do dia festivo, mas estaremos forjando um mundo novo que nasce conseqüentemente de relacionamentos novos, pautados no entendimento, diálogo e acolhimento mútuos. Nesta perspectiva podemos desejar felizes e sem receio um verdadeiro e feliz, dia dos pais!


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por Vanderlúcio Souza, Bacharel em Filosofia, Missionário da Comunidade Católica Shalom ,

11 agosto 2012

O melhor de si

- Quando falamos ou ouvimos falar sobre as virtudes, muitas vezes pensamos que se trata de esforços e lutas para sermos melhores. É verdade que sem esforço não é possível exercitá-las; de fato, o próprio Catecismo nos ensina que a pessoa virtuosa tende ao bem, com todas as suas forças sensíveis e espirituais .

Este tema (as virtudes) foi objeto de profundas meditações nas filosofias antigas. Por exemplo, Aristóteles, no livro II da Ética a Nicômaco, elaborou a sua doutrina sobre o mesmo, considerando as virtudes como uma disposição adquirida com o próprio esforço, para fazer o bem, segundo os ditames da razão. Mas é com São Tomás de Aquino que encontramos o ponto de partida e a mais clara orientação deste tema dentro da teologia moral, adquirindo, assim, a clareza que se perdeu nas diversas tradições filosóficas.

Em vários documentos da Igreja vemos a importância das virtudes para uma vida moral reta: em primeiro lugar está a caridade, que “dirige todos os meios de santificação, os informa e leva a seu fim” , assim como as outras virtudes teologais . Também a humildade, a obediência, a fortaleza e a castidade , além das virtudes sociais, tais como: lealdade, justiça, sinceridade, fortaleza . Na Veritatis Splendor, o Beato João Paulo II nos ensina que para poder discernir a vontade de Deus, aquilo que é bom, é necessário o conhecimento da Lei de Deus em geral, mas aquele não é suficiente: é indispensável uma espécie de “conaturalidade” entre o homem e o verdadeiro bem. Esta conaturalidade fundamenta-se e desenvolve-se nos comportamentos virtuosos do mesmo homem: a prudência e as outras virtudes cardeais, e, antes ainda as virtudes teologais da fé, esperança e caridade. Neste sentido, disse Jesus: “Quem pratica a verdade aproxima-se da luz” (Jo 3,21) .

Na sua etimologia, virtude deriva do grego ἀρετή /aretê, que também expressa o conceito de excelência, no sentido de esforço da realização da própria essência. Podemos, então, compreender que o homem virtuoso é o homem santo, visto que seu fim último é Deus e seu chamado é à santidade. Quando este homem procura, escolhe e pratica o bem, e para isso empenha todas as suas forças sensíveis e espirituais, ele realiza a própria essência e encontra a felicidade.

A vivência das virtudes é, também, a pedra de toque da autenticidade da nossa intimidade com Deus. Elas são como um espelho da nossa espiritualidade. Podemos afirmar que aquilo que experimentamos no “segredo” da oração, torna-se visível através dos nossos atos. Quanto mais autêntica e profunda for a nossa oração, mais virtuosos (santos) e felizes seremos, porque a santidade e a oração têm ambas o mesmo fim.
Quando toca no tema das virtudes, o Catecismo as define como “disposição habitual e firme para fazer o bem” , isso quer dizer que a virtude é criativa e em qualquer situação realizará o bem. É aqui que compreendemos a necessidade da disposição, porque para realizar o bem em qualquer situação, é necessário ter domínio de si, amor pela verdade e, sobretudo, confiança e docilidade ao Espírito Santo, porque é dele que provém toda virtude e é Ele quem nos impulsiona a desejar e fazer o bem.

Dar o melhor de si
Outro aspecto muito importante é que a virtude “permite à pessoa não só praticar atos bons, mas dar o melhor de si” . E quando é que você dá o melhor de si? São João nos dá uma pista: “Amemo-nos uns aos outros, pois o amor vem de Deus; e todo aquele que ama nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus” ; também São Paulo, no hino à caridade afirma: “Mesmo que eu fale em línguas, a dos homens e a dos anjos, se me falta o amor, sou um metal que ressoa, um címbalo retumbante (...). Mesmo que distribua todos os bens aos famintos e entregue meu corpo às chamas, se me falta o amor, nada lucro com isso (...). O amor é paciente, o amor é serviçal, não é ciumento, não se incha de orgulho, nada faz de inconveniente, não procura o próprio interesse (...). Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” . Portanto, dar o melhor de si é amar! E amar é buscar em tudo fazer a vontade de Deus.

Ensinando o caminho da virtude, portanto, da santidade e da felicidade, aos filipenses, São Paulo escreveu: “Ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, tudo o que há de louvável, honroso, virtuoso ou de qualquer modo mereça louvor” .
Quanto à classificação das virtudes, seu desenvolvimento, como crescer na conaturalidade com o bem e quais são os vícios que lhes são contrários, tudo isso veremos nos próximos números desta Revista.
Shalom!



Josefa Alves
Comunidade Católica Shalom
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